Felizmente o bom senso prevalece

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Sobre as eleições de domingo passado já praticamente tudo se disse. Em termos de resultados, os analistas das mais variadas áreas já se exprimiram suficientemente e de forma a que se compreenda o que de bem ou menos bem aconteceu.

Também nós não poderíamos ficar indiferentes ao ato, até porque como escrevemos na nossa última edição, as eleições, quando livres e justas, são dos momentos mais importantes na vida dos povos. É nelas que depositamos a esperança de escolher e eleger quem nos governe com sabedoria, vendo em nós povo o melhor parceiro para levar de vencida os grandes combates que impõe uma boa governação.

Por respeito aos nossos leitores, que tão diferenciados devem ser nas suas escolhas políticas, não nos compete comentar opções de voto, mas mau seria que não constatássemos evidências. E a maior delas é que, apesar de todos os males pandémicos com que nos debatemos, com uma crise de saúde que nem parece deste tempo, a participação no ato eleitoral foi satisfatória. Votar no ambiente triste e perigoso em que o fizemos foi um ato de coragem para quem o fez.

Depois, a esmagadora maioria dos portugueses votou abertamente pela democracia e por uma forma de estar na vida onde reine a boa sociabilidade. Demonstrou, igualmente, que é em liberdade responsável que os problemas se podem resolver; problemas que, embora de forma diferenciada, são comuns a todas as nações. Em suma, provaram com o seu voto que não querem o regresso a um passado de cujos efeitos ainda sofremos.

Contudo, passadas as eleições, temos muitos desafios pela frente, a começar pela defesa da vida, combate que tão difícil se apresenta, perante situações até há pouco impensáveis. Depois, teremos a longa batalha da recuperação da economia, que tão lenta tem sido, ao ponto de suportar mal o estado social que temos, como é visível. E sobre este tema tão pouco se falou, contrariando o dever de fazer das campanhas eleitorais momentos de debate civilizado, de bom esclarecimento sobre as melhores opções para o país e da pedagogia da unidade, que nos pode e deve engrandecer como povo. Houve momentos bons, mas foram poucos, infelizmente. Agarremos, então, o futuro determinadamente, se queremos vencer desafios e abraçar com mais convicção a liberdade.

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