As festas em homenagem a “Jeanne d’Arc” (1412-1431), em Orleans, França, extravasam todas as fronteiras. Uma mulher que lutou por França e acabou por morrer na fogueira do Santo Ofício, em Rouen, como se fosse uma bruxa. O conselheiro das comunidades, Carlos dos Reis, nosso ilustre conterrâneo, conhecedor, há muitos anos, da consagrada Romaria da Senhora d’Agonia, diz, com franqueza, reconhecer que “Jeanne d’Arc’, em Orleans, pela sua organização, memórias e valores que representa e carrega até ao presente, é um género diferente, mas também de grande envergadura.
Efectivamente, o cortejo comemorativo, desde o dia 08 de Maio de 1411, atira sempre para as ruas da bonita cidade de Loiret, milhares de pessoas. “UNE FÊTE HORS NORME”. Uma razão bastante para que o nosso ilustre conterrâneo se sinta feliz pela honra de ser convidado, desde há vários anos.
Feliz, mas com tristeza por representar Portugal “sozinho”!.. Pois os organizadores e, particularmente a Câmara Municipal, desconhecem a existência de um qualquer consulado português em Orléans. Surpreendido ficou igualmente, sua Exa Kamal el Mahdaoui, Consul Geral de Marrocos, o qual pensava que não existia um consulado Português nesta cidade.
Evento muito querido pelos “orleanais”
A “Jeanne”, deste 08 Maio 2019, foi representada pela jovem e brilhante Blandine Veillou. Foi ela que percorreu as ruas de Orleans, e que fez vibrar os “orleanais” e as centenas de turistas de todas as nacionalidades presentes neste dia importante para a cidade. Um cortejo simbólico foi organizado em memória da libertação de Orléans por Jeanne d’Arc, em 08 de Maio de 1429. Orleans encontra-se geminada com 13 regiões diferentes.
Uma parada militar percorreu as ruas da cidade e foi possível também admirar, o cortejo histórico, e mesmo folclórico, onde estava presente o grupo Folclórico de Orleans e a “ronda minhota, composta por elementos dos ranchos do Minho.
Na Catedral de Orleans, Sainte Croix, foi celebrada uma cerimónia religiosa pelos ausentes e presidida pelo Bispo de Moulins, Laurent Percerou.
Quem não teve ainda a ocasião de viver um tão rico acontecimento como este deve para os próximos anos, marcar presença, porque vale a pena viver “Les Fêtes de Jeanne d’Arc”.
E.