E bom que esteja na ordem do dia a reforma e o reordenamento do mapa das nossas Freguesias (pg. 3). Seu objectivo será dar-lhes mais autonomias, mas também atribuir-lhes outras responsabilidades.
O conceito de Freguesia nasceu no acaso regional, normalmente configurado a acidentes morfológicos (obstáculos naturais) do terreno, “barreiras” etnográficas ou culturais, etc., ou seja, da Geografia, quer física, mas também humana, mesmo com preconceitos de ligações conjugais entre freguesias vizinhas!
Hoje em dia, todos esses comportamentos vão-se esbatendo, prevalecendo as barreiras geomorfológicas, por serem naturais, nesse estabelecimento de limites.
Com o combate aos fogos florestais — essa praga anual que nos vem obrigando a tomar medidas de vigilância e defesa cada vez mais eficazes –, temos de nos convencer que os autóctones, circunscritos às suas freguesias, podem e devem constituir a melhor forma de defesa da natureza. Pela simples razão de conhecerem todas as vulnerabilidades do terreno onde vivem. Mas, há de facto situações em que a continuidade do coberto florestal contribui para a propagação de fogos originados em terreno alheio à freguesia em causa.
Atendendo a este, recorrente, facto, a vigilância terá de ser de patrulhamento e/ou de estratégicos postos geodésicos, com boa ligação radiotelefónica.
Tudo isto, para vos dizer que, à escala da freguesia, temos a malha mínima administrativa operacional, de onde deve partir e se organizar uma vigilância efectiva em ligação com as freguesias limítrofes. Mobilizar as freguesias para essa defesa compete aos órgãos respectivos da Administração Interna que nos dispensamos de especificar, quanto menos, melhor.
O que sabemos da prática da vigilância como paradigma — mais concretamente na Serra de Sta. Luzia em Viana do Castelo –, a Autarquia, especialmente o seu presidente tem montado em parceria com o Exército Português, há uns 10 anos a esta parte, um dispositivo de especial vigilância, em colaboração certamente com as freguesias, de uma eficiência a toda a prova.
