Futebol: Desporto-rei

A. Lobo de Carvalho
A. Lobo de Carvalho

A actividade física, sem exageros, é uma prática saudável para todas as pessoas, tornando-as mais combativas, felizes e autónomas, e evitando, geralmente, doenças complicadas. Daí que os médicos e outros profissionais do ramo nos aconselhem a dedicar um pouco do nosso tempo a esta forma de terapia ao ar livre, usufruindo das maravilhas da natureza e sem necessidade de ginásios fechados.

Ginásios que servem, especialmente, para os desportistas da alta competição adestrarem o corpo e prepará-lo para as exigências próprias de cada modalidade, em que não faltarão momentos de violência corporal com os praticantes a colocarem à prova todas as suas capacidades de resistência. É por isso que podemos observar os atletas, não só profissionais, mas também amadores, com os corpos musculados e sem gorduras supérfluas, sinónimo de força física. Isto é visível em todas as modalidades, incluindo naturalmente o futebol, por ser um desporto um pouco bruto em termos de violência e de ritmo que exige sólida capacidade muscular e força física. 

Sendo um desporto de dureza e alta resistência física, a prática do futebol tem muito mais a ver com os homens do que com as mulheres, tendo, aliás, sido inventado por homens para homens. As mulheres, pela natureza da sua fisiologia feminina e quando expostas a esforços físicos duríssimos, podem apresentar fragilidades que não se compadecem com as exigências deste desporto. E esta é uma das razões pelas quais não defendo o futebol praticado por mulheres, embora subsista um feminismo radical que luta pela igualdade em relação aos homens, apostando em mostrar ao mundo que podem fazer tudo como eles.

Sempre afirmei que as mulheres são os seres mais belos da Obra da Criação de Deus e penso que não devem perder, em nenhuma circunstância, o seu natural feminismo, qualidade que o futebol e outros desportos altamente exigentes lhes subtraem. Exactamente porque acabam por tornar os seus corpos deformados, musculosos e arrapazados, ao mesmo tempo que adoptam mimetismos de machos exibicionistas e outras manifestações nada compatíveis com a condição feminina. Penso que as mulheres dispõem de outros desportos bem mais leves e compatíveis com a sua natureza, preservando sempre a graciosidade feminina. Mas, claro está, cada uma faz o que quer do seu corpo.

Queira-se ou não, o futebol foi feito para homens e exige uma entrega e um esforço extremos, tal como era exigível aos jovens na Cidade-Estado de Esparta, para se tornarem guerreiros de elite e prontos para os frequentes combates. Mas isso era na antiga Grécia, cuja história nos legou tantas lições de vida e onde as mulheres eram protegidas. No presente, e em desenvolvimento um pouco pelos países, incluindo o nosso, o que se observa são fragilidades no mercado do trabalho e a exploração dos desequilíbrios por parte de uma certa parasitagem que adora viver à custa de outros ou outras. Dá para ver quantos parasitas gravitam em torno do futebol sem nunca terem dado um pontapé numa bola! E o futebol no feminino vai também alimentar, fatalmente, essa chulice.

Recentemente, disputou-se na Nova Zelândia o campeonato do mundo de futebol feminino, muito badalado na comunicação social, com a presença da selecção portuguesa. Criaram-se sonhos e ilusões, concederam-se os maiores encómios às atletas e até as mais altas entidades políticas nacionais não deixaram de antecipar o possível apuramento para a fase seguinte. A ilusão, porém, durou pouco, porque o futebol português no feminino foi eliminado à terceira jornada, logo se arranjando a desculpa de que tal só aconteceu por causa de uma bola ao poste! Não obstante a eliminação, na fase de grupos, o que foi desastroso, as atletas não deixaram de se autoelogiar, dizendo que foram fantásticas e que fizeram história, ao mesmo tempo que se tentou criar um ambiente caloroso à sua volta no país. O que é certo é que nesta onda de ilusão a selecção feminina foi eliminada, não foi competente e ponto final.

O campeonato nacional de futebol autêntico está de volta e com ele as grandes massas humanas que enchem os estádios. É o desporto-rei em toda a sua pujança, com praticantes de renome que os adeptos aguardam de forma entusiástica, na expectativa de um título pelo clube de eleição, em que os jogadores vão lutar até comerem a relva se necessário for!… Um futebol duro, dinâmico, viril, táctico e magnético que os amantes desta modalidade esperam ansiosamente, e não um futebol no feminino, de circo, bailado e algum histerismo, onde muitos vão apenas para se divertir à base de comentários jocosos às atletas. 

Gosto, aprecio e valorizo as mulheres no desporto, mas em modalidades mais suaves em que possam demonstrar as suas capacidades sem perderem a feminilidade, que lhes confere uma natural graciosidade e as individualiza como seres insubstituíveis neste mundo. Se adquirem comportamentos de macho, como o futebol induz, a sociedade perde uma boa parte do inebriante aroma feminino. 

Em conclusão: – Futebol, desporto-rei, a criar fortes emoções e paixões, só mesmo o futebol praticado pelos atletas masculinos, um futebol mais que sedimentado em todo o mundo. Com todo o respeito que me merecem as mulheres, o futebol no feminino não passa de um bailado.

O autor não acompanha o novo acordo ortográfico

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