Futuro passa pelas energias alternativas

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O planeta, dizem os cientistas, não resistirá por muito mais tempo às agressões a que diariamente é submetido, resultante, fundamentalmente, do funcionamento das economias assente em processos produtivos que de todo contribuem para o aquecimento global. A sensibilidade das populações para esta realidade começa a ter visibilidade, mas, dada a premência no uso de novas práticas, em especial na utilização de energias alternativas, coloca-se a obrigatoriedade de, celeremente, exigir a mudança de mentalidades e mais ação da parte dos poderes políticos, caso contrário, deixa de haver Terra para os vindouros.

Em matéria de tão grande melindre, não deixa o Secretário Geral da ONU, o português António Guterres, de fazer tudo o que está ao seu alcance para inverter este ciclo poluidor secular, mas quase parece uma voz a pregar no deserto.

Saúda-se, por isso, a reentrada em funcionamento para breve do parque eólico marítimo, aqui ao nosso lado, com características pioneiras no espaço da Europa continental. Não é só porque tem uma capacidade total instalada de 25 Megawatt (MW), e poderá gerar energia suficiente para abastecer o equivalente a 60.000 utilizadores por ano, poupando cerca de 1,1 milhões de toneladas de CO2. É muito mais como aposta válida na abertura de novos caminhos tendo em vista a regeneração do ambiente e mais um incentivo a novas e saudáveis práticas de funcionamento das sociedades.

Já na década de 1980, o Secretário de Estado do Ambiente, Macário Correia, afirmava, para os investidores, que o futuro passava pela aposta na indústria do ambiente. Não foi levado muito a sério, mas hoje está mais do que nunca provado que estava certo nas suas previsões.

O nosso Município assinalou, no passado dia 10, os 45 anos da Constituição da República Portuguesa, distribuindo 3.000 exemplares da Constituição por todos os alunos do ensino secundário do concelho, entre escolas públicas e privadas. Não podia ter sido mais assertivo neste ato comemorativo. Os discursos, os debates e tantas outras iniciativas similares também são importantes atos comemorativos, mas, fazendo-se hoje, estão esquecidos amanhã. Três milhares de livros, onde consta todo o clausulado da mais importante lei do país, orientadora de princípios e direitos dos cidadãos, e de funcionamento da Nação, espalhada por três mil casas do concelho, é a melhor ação pedagógica que poderia ter sido levada a cabo. É caso para dizer: “Honra à Constituição”.

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