Mais um ano acaba. É período de balanço, de reviver momentos, de perspetivar o ano seguinte, o futuro.
O guião, ainda que o mesmo de sempre, é indelevelmente marcado pela crise pandémica e pelas demolidoras consequências na saúde pública e na economia.
A economia crescia, o turismo prosperava, as exportações aumentavam, o Alto Minho estava na moda. Tudo indicava que 2020 iria ser um ano muito bom.
De repente tudo mudou. A ficção torna-se realidade. No dia 18 de março foi declarado o primeiro Estado de Emergência, com fundamento na verificação de uma situação de calamidade pública. O País entrou em regime de confinamento.
Esta crise, com que fomos surpreendidos, revelou e evidenciou vulnerabilidades já existentes e provocou enorme debilidade na estrutura empresarial, com especial incidência no turismo, comércio, restauração, transportes, cultura.
Os apoios financeiros do Estado às Empresas foram insuficientes, tardios e não ajustados às características e/ou situação económica e financeira de muitas delas. Mas como mais vale tarde do que nunca, o Governo anunciou agora novos apoios que começam a aproximar- se, na sua abrangência, mas não no tipo, aos reivindicados por esta Associação Empresarial e às posições que temos publicamente assumido.
Está a ser um ano diferente, muito diferente. Também de mudanças e de adaptações para todos nós. É o teletrabalho, os horários desfasados, o take away e o delivery, o comércio eletrónico, os webinares, as reuniões e formação profissional online pelas mais diversa plataformas.
Manuel Cunha Júnior