“Não matarás” – 5º Mandamento

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Amaro Correia

“Não matarás!” (Ex.20, 13…), assim são os mandamentos naturais, inscritos pelo Criador no coração do homem, e escritos em tábuas de pedra, a Moisés, no cimo do monte Sinai, para toda a humanidade.

Pois bem, há determinadas ideias, pensamentos ou, até, manias de que isto é tudo nosso, e não queremos saber de Deus para nada, é como se Ele não exista! Não, caros leitores, a vida é d`Ele e não é nossa. Aprovam-se leis contra as leis de Deus e (no caso em questão do 5° Mandamento) é tudo leis contra o Criador de tudo e de todas as coisas.

Em todas as ideias, opiniões, sugestões, conferências, comunidade política e científica, falam e agem como se a vida fosse dos senhores deste mundo e donos disto tudo, leis e só leis contra o Criador, ou ouvir-se dizer, até, que somos livres. Não, meus caríssimos leitores, não, alguém nos colocou neste mundo, alguém nos deu um corpo, um espírito, e a vida está acima de tudo, é um dom de Deus e não tem preço.

Provocar a morte para eliminar o sofrimento? Não com a Eutanásia e o suicídio assistido, em que não se elimina o sofrimento, elimina-se a vida da pessoa que sofre, tal como não se elimina a pobreza eliminando a vida dos pobres. A morte provocada não é resposta para o sofrimento, com a legalização da Eutanásia e do suicídio assistido, e afirma-se que a vida de pessoas doentes e em sofrimento já não merece proteção e não é digna de ser vivida. Isso não é aceitável.

A dignidade de uma pessoa não se mede pela sua utilidade para a sociedade, nem diminui com o sofrimento ou a proximidade da morte.

A dignidade da vida humana não depende de circunstâncias externas e nunca se perde. Ninguém vive para si mesmo, a vida tem uma referência social associada ao amor, à responsabilidade independente, ao bem comum, e não pode ser concebida como um objeto de uso privado. Não está de forma incondicional à disposição do seu proprietário, para a usar ou a deitar fora de acordo com o seu estado de espírito, ou determinada circunstância.

Devemos defender a vida humana, as necessidades do doente até ao fim. Estas necessidades assentam essencialmente no alívio do sofrimento fisicopsíquico e no apoio espiritual, prestados por uma equipa devidamente capacitada, e no suporte afetivo, através da família e amigos. É preciso sentir a presença de Deus em nós para que o sofrimento se possa tornar levíssimo e carinhoso nas suas mãos e nos ajude na cruz e no valor do sofrimento.
As necessidades espirituais devem ser valorizadas para se disponibilizar o apoio devido, que garanta uma intervenção plena no sofrimento. Devemos defender a vida humana até ao fim e nunca provocar a morte.

A vida humana é inviolável (Constituição da República Portuguesa, artigo 24). Ninguém deste mundo tem esse direito. A vida não tem preço! Isto é uma desobediência a Deus, muito grande e ofensiva.

Caros amigos leitores, deve haver muito cuidado, e se permitis a expressão: “não brinquemos com o fogo”! A propósito, recordamos o dia 14 de Abril de 1912, nas águas geladas do Atlântico, o mais famoso paquete de luxo, da técnica e do progresso, o “Titanic”, cujos senhores daquele tempo lhe deram o titulo blasfemo, ostentado no casco da proa: “Este, nem Deus!”… Mas o gigante da novíssima técnica não conseguiu escapar às leis implacáveis da natureza, na sua viagem inaugural, ao embater com o icebergue”.

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