Ninguém “foi à horta” nem “ficou à porta”…!?

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Nunabre

O nosso “nobre povo” (não o depreciativo “Zé povinho”) é detentor de preciosos dons naturais: artísticos, observadores, críticos, interpeladores, reativos, todos cheios de sabedoria e gosto memoráveis…!

Por isso mesmo é que nesse “nobre Povo” radicam “provérbios”, “ditados”, “adágios” – ditos populares – que constituem uma espécie de “comprimidos da sabedoria”, com valor comprovado através dos tempos e que ninguém contradiz, nem mesmo hoje… Há muitos e o prezado leitor conhece-os talvez melhor do que eu…

Ora apraz-me, hoje, evocar um desses provérbios, o qual tenho ouvido já desde criança e que reza assim: “tão ladrão é o que vai à horta, como o que fica à porta”…

A que propósito me terá surgido, agora, é o que passo a explicar. Anda Portugal inteiro (e instâncias estrangeiras certamente) alvoraçado, de olhos arregalados de espanto e ansiedade, na expectativa e incerteza acerca do que houve, em verdade ou crime, acerca do comentadíssimo caso do “roubo de armas em Tancos”…

Já lá vai mais de um ano, desde que “rebentou a bomba”, com o senhor Presidente da República (Chefe supremo das F. A.) a exigir solenemente que se investigue e se puna os responsáveis, de cima a baixo, doa a quem doer…

Sabe-se já algo de verdadeiro, incontestável e assumido…!?
As detenções de algumas pessoas serão arco-íris de bom tempo ou prenúncio de borrasca tenebrosa…!? Houve ou não alguém que invadiu criminosamente a hora…!? Se veio de fora, apoderar-se do tesouro, houve ou não alguém que “ficou à porta”….!? Como foi possível tão rude golpe na honra das nossas briosas e dignas Forças Armadas…!? Será que a “ratazana” entrou por buracos abertos, ou, por absurdo, conhecia os labirintos lá por dentro…!?

Aguardamos! As nossas autoridades investigadoras não quererão a nódoa profissional de “só descobrirem Inocentes”…!
Os Portugueses esperam… As Forças Armadas reclamam-no… Portugal “Nação valente” triunfará mais uma vez…!

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