Temos um grande planeta, mas, infelizmente, só menos de um terço é que é cultivável.
O resto da nossa terra são mar, floresta, deserto e cidades.
A área de cultivo que temos está a morrer e a ficar estéril a um ritmo assustador, devido ao cultivo intensivo. Se continuarmos com os cultivos intensivos e usarmos cada vez mais pesticidas, as áreas cultiváveis vão ficar completamente estéreis, adivinhando-se então uma catástrofe a nível mundial.
Antigamente, quando se semeava uma área de cultivo, fazia-se um intervalo de dois a três meses para que a terra recuperasse. Esta era coberta com estrume dos animais deixando-a ganhar ervas, para de novo se reproduzir naturalmente.
Mas hoje em dia já não é assim. Hoje ceifam uma seara e amanha já estão a semear outra nova, não permitindo os chamados intervalos de regeneração da terra, com a agravante do uso desmedido de pesticidas.
Há cada vez mais áreas de cultivo completamente mortas, onde nem uma erva consegue nascer. É preciso, é urgente encontrar soluções para dar descanso à terra, para ela se poder regenerar e conseguir reproduzir.
Se continuarmos a cultivar intensivamente, daqui a algumas dezenas de anos as áreas de cultivo estarão mortas.
O ser humano, infelizmente, só se preocupa quando o mal está feito, quando já nada há a fazer. Era bom que a defesa da terra estivesse nas preocupações dos poderes, antes que seja tarde demais. Ainda vamos a tempo de evitar uma catástrofe mundial por falta de alimentos.
Edgar Silva