Há qualquer coisa de estranho na pura fisicalidade das notícias no papel de jornal… peças que podem voltar a ser lidas, sublinhadas, afixadas, guardadas, copiadas, coladas, enviadas por correio ou por fax.
As notícias podem ser efémeras mas, pelo menos no papel, adquirem uma realidade tangível, que permite aos leitores aproximarem-se delas e partilhá-las com outros em boletim ou álbuns de recortes…
Grande parte da atração pelos jornais vem de se “ver” as notícias em determinado tipo de caracteres tipográficos e da paginação de uma determinada publicação. Era este aspeto físico da impressão da notícia que é tomada em conta, quando ironicamente dizemos: “ No fundo as pessoas não leem os jornais. Mergulham neles todos os dias, como num banho quente.”