Petiz nascido numa pobre Aldeia,
cresci no Campo, a vigiar o Gado…!
Chorei, em noites sem a lua-cheia…!
Também cantei, com nove irmãos ao lado…!
Passei a Infância num modesto Meio
onde aprendi quanto custa ser pobre…!
Cresceu comigo insistente receio
de, na conduta, nem sempre ser nobre …!
A Mocidade, tolhida à nascença,
duma flor-murcha foi pálida imagem…!
Não abri asas sem pedir licença,
nem fiz viagens, com ou sem bagagem…!
Acordei tarde do sono-profundo
em que, sem culpa, me vi mergulhado…!
Olhos-abertos, hoje, ao novo-Mundo,
vejo em espelho todo o meu Passado…!