O Milhão

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No mínimo, é censurável o que a Santa Casa da Misericórdia está a fazer aos apostadores do euromilhões. Um apostador que queira jogar nesta modalidade é obrigado, contra a sua vontade, a jogar também no milhão.

Ao obrigar um apostador a entrar num jogo contra a sua vontade, a Santa Casa está a por em causa os direitos de quem joga. Espanta-me como ninguém contesta esta modalidade viciada. E, quer o Ministério Público, quer o governo do país, nada fazem para por fim a esta pouca-vergonha

O milhão tem que ser apresentado em boletim individual ou, então, no boletim do euromilhões, mas este com espaço próprio onde cada um possa assinalar com uma cruz a sua vontade de nele apostar.

O milhão tem que ser um jogo em que o apostador possa ter opção de escolha e, nas circunstâncias presentes, isso não é possível. Daí que a Santa Casa da Misericórdia tenha que resolver este imbróglio rapidamente, sob pena de que alguém recorra à justiça para fazer prevalecer o direito.

Não sei se existe mais algum país no mundo onde se obrigue alguém a jogar numa modalidade sem o desejar, mas em Portugal isto está mesmo a acontecer.

É tempo de dizer não à Santa Casa da Misericórdia. O jogo, só por si, já é uma prática pouco recomendável, mas pior é quando as apostas, à partida, já enfermam de vício.

Edgar Silva

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