O Orçamento de Estado e a Imprensa Local

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Humberto Pinho da Silva

A imprensa, em geral, sobrevive em grandes dificuldades. Contribui para isso a diminuição do hábito de leitura, perda de assinantes e escassez de publicidade.

Mas é a imprensa regional que se debate com maiores problemas. Cada vez mais se verifica jornais com décadas de existência fecharem as portas das redações.

E, no entanto, sem a imprensa local não pode haver democracia plena, porque é a única mass-media que relata, em pormenor, os acontecimentos do pequeno burgo e dá voz à população, apresentando os ensejos e dificuldades de quem vive nessas povoações.

Já não falo da imprensa de inspiração cristã. Com o desinteresse de muitos crentes, ano a ano, vai perdendo leitores.

Esperava-se que o Estado, que tanto elogia o trabalho da imprensa junto da emigração, e o facto de recentemente o Primeiro Ministro ter agradecido em Fátima a colaboração da Igreja no combate à pandemia, se lembrasse dessa imprensa pobre.

Infelizmente, o Orçamento de Estado para o ano 2021 não apresenta qualquer melhoria para os jornais da província, apesar da AIC ter apresentado modestas propostas que minimizavam as mais prementes dificuldades.

Eram referentes a melhorias em IRS, de forma a beneficiar leitores e títulos; benefício em IRC às empresas que façam publicidade na imprensa regional; e pequena diminuição da taxa postal, no envio da publicação.

Como o Estado se esqueceu de ajudar as publicações regionais, cabe agora a vez dos partidos políticos, ao debaterem o Orçamento na discussão parlamentar, lembrarem ao Governo essa necessidade.

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