O Politécnico do Alto Minho, a caminho da excelência

Carlos Branco Morais
Carlos Branco Morais

“Times Higher Education” (THE) fornece dados confiáveis do desempenho das instituições de ensino superior, desde 2004. Os seus reputados “World University Rankings” (WUR) são listas ordenadas das melhores instituições de ensino superior do mundo. Todas estas instituições se esforçam por constar, em boa posição, nas THE WUR, elaboradas de acordo com indicadores de desempenho agrupados em 5 eixos fundamentais: a perspetiva internacional, o impacto da investigação produzida, a relação com as atividades económicas, a qualidade do ensino e o volume da investigação realizada.

THE WUR2024, a mais recente lista publicada, integra mais de 1900 instituições de ensino superior, consideradas as melhores do mundo, entre as quais, de Portugal, se contam 11 universidades, 1 instituto universitário e 3 institutos politécnicos, um dos quais, pela primeira vez, é o Instituto Politécnico do Alto Minho. A integração do nosso Politécnico no ranking das melhores instituições de ensino superior do mundo dever-se-á, sobretudo, à sua internacionalização (10% dos alunos são estrangeiros) e à qualidade da investigação produzida. 

Nos últimos anos da década de 70 do século passado, debateu-se a problemática da implantação do ensino superior no distrito de Viana. Aos que desejavam a implantação de uma escola de Medicina como polo da Universidade do Minho nesta cidade, contrapuseram-se os defensores da criação do “instituto superior politécnico” do Alto Minho. Orgulho-me de ter terçado armas pela criação deste e, depois dela, pela sua instalação. Nessa “batalha”, serviu de modelo inspirador o então Politécnico de Wolwerhampton, no Reino Unido, hoje Universidade da mesma cidade. No THE WUR2024, esta universidade inglesa posiciona-se entre as primeiras 600 e a Universidade do Minho é catalogada, depois dela, entre as 1000 melhores do universo.

Felicito os dirigentes do Instituto e das suas 6 unidades orgânicas (escolas superiores) e 3 unidades funcionais, bem como os quase 700 colaboradores (docentes e outros) e mais de 6000 alunos, pelo reconhecimento da qualidade do desempenho de uma das mais importantes instituições da sub-região do Alto Minho, apesar da sua juventude.

E auguro que, mais cedo que tarde, o Instituto seja convertido em Universidade Politécnica como, há já vários anos, o foi o seu modelo inspirador britânico!

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