O Sumo Pontífice do Século

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Sua Santidade o Papa, Francisco 1º, Bispo de Roma, Pontífice Supremo da Igreja Católica e Cidadão do Infinito (neste ponto igual a nós), é único e igual a si mesmo. É dele que quero falar: Jesuíta argentino e superior da casa religiosa que habitava e dirigia, ajudava o encarregado dos animais domésticos a lavar as pocilgas e galinheiros do convento. Como? -Lavar pocilgas?…Isso mesmo…. Então sem comentários.

Cedeu o bilhete de identidade a um perseguido político que, fugindo, escapou à morte. Gesto visível de caridade supina que eu nunca recomendarei a nenhum beato ou temerato, a nenhum pascácio ou pancrácio; mas admirarei tal proeza se a vir em qualquer másculo de pleno juízo, cabeça fresca, sangue frio e virtude provada. Sempre que possível, usava os transportes coletivos e não a viatura particular do arcebispado para as deslocações ministeriais. Percebido. Se para bom entendedor meia palavra basta, para o mesmo entendedor este gesto também basta. Habitava uma casa modesta em vez da casa arquiepiscopal que lhe era devida. Entendido. Na hipótese de duas habitações à escolha, eu, garantidamente, escolheria a morada arquiepiscopal. Cada um é como cada qual. Isso mesmo: diferentes.  Sendo Deus Nosso Senhor o mesmo, tanto para o empregado como para o superior da casa, nada me surpreende que o tenha feito por humildade e santidade, que eu, infelizmente, não tenho. A minha veneração.

Confrontou, pública e frontalmente, dois Presidentes Argentinos, provando assim que era arauto convicto do Evangelho que anunciava. Esclarecendo: confrontar Carmonas, Tomazes, Eanes, Soares, Cavacos, Sampaios e Marcelos, quando há razão, é de HOMEM com letra maiúscula; mas as marcas substituirão o sono. Desde o dia da sua eleição até ao presente, ainda não parou de pedir orações por ele. Significa necessidade de apoio e confiança absoluta na oração dos crentes. Acrescento que também eu – e não só a Jacintinha – acredito na oração feita pelo Santo Padre e por quem não é santo nem padre nem pontífice. Em muitos dias da sua aparição em público, não deu nem dá a tradicional bênção apostólica «urbi et orbi»>, mas as tradicionais «boas-noites»>. – Muito de louvar. Manifesta respeito cortesia pelos ouvintes que não professam a fé católica.

Preferiu viver nos humildes aposentos da Casa de Santa Marta e não nos Paços do Vaticano. Tudo dito. Convidou a Presidente da República Argentina, Cristina Kitchener, para um ocasional jantar de cortesia que muito deve ter servido para limar arestas acontecidas na pátria comum onde ELA falava em abortos e ELE em filhos de Deus e seres humanos argentinos que tinham o direito de nascer e viver. Demitindo altas figuras do Vaticano devido a fundadas desconfianças de corrupção, assim se exprimiu: – «A corrupção não tem perdão, porque o corrupto não se arrepende… E não havendo arrependimento, não há direito a perdão… O corrupto é como alguém que tem mau hálito e está habituado à podridão. “O corrupto não nota o fedor que exala”. Arrepiante resposta ao que não sente o seu fedor. O corrupto é aquele a quem povo apelida de “herdeiro” e “vezeiro”.

Recusou um pedido de libertação a favor do Monsenhor Quinhentos, detido pela polícia italiana. – Como é ou foi? – Diante do pedido que lhe estava a ser feito, interrogou assim: “Quem o prendeu?” – Foi a polícia. – “Então a polícia que o solte”. Interrogado sobre o lóbi “gay” dentro do Vaticano, em tom de humor e sem fugir à questão, disse textualmente: “ainda não vi nenhum bilhete de identidade onde constasse a palavra gay”. Mas, se uma pessoa é gay e procura o Senhor, quem sou eu para julgar? Faz mais barulho uma árvore que cai do que uma floresta que cresce”.  – O ESPÍRITO DE DEUS FALOU PELA VOZ DO PAPA.

Recomendou aos padres que não se esquecessem de cheirar às ovelhas e que enfrentassem o cansaço e o desânimo com a oração para, assim, responder às exigências da fé. CANSAÇO senti muitas vezes, mas DESÂNIMO não. Sempre fui o que sou e quero ser. Recomendou aos bispos que saíssem dos aeroportos, isto é, que não andassem a correr para Roma, mas que vivessem perto do rebanho que pastoreiam e que praticassem o Bom Humor. – Esta do BOM HUMOR dirigido aos Senhores BISPOS tem sabor a marisco bem cozinhado. Nunca presenciei mau humor nos Apóstolos com quem lidei.

Na quinta-feira santa, em vez de lavar os pés a doze padres, como era uso, fora com o clericalismo lavar, ou lava-pés, a presos da cadeia, sem discutir se são batizados ou não, se são homens ou mulheres, se são homossexuais, transexuais ou tais como tais ou sem tais.

E com a segurança de um convicto crente assim falou: «a Igreja nunca esteve tão bem como hoje; Ela não desaba, não cai, porque a santidade de tantas mulheres e homens é mais forte do que os escândalos».

Esta é a personalidade do HOMEM EXCEPCIONAL, do século XXI, no cargo de Sumo Pontífice e Bispo de Roma, que se intitula SERVO dos SERVOS de DEUS, e que, em cadeira de rodas, diz ao mundo o que os anjos cantando disseram na noite do Natal de Jesus «GLÓRIA a DEUS no CÉU e PAZ aos Homens na TERRA».

Deus o conserve feliz e santo tanto na terra como no céu.

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