A Casa Manuel Espregueira e Oliveira, no passado domingo, pelas 18,00 horas, recebeu a escritora e facultou-lhe os meios para uma conversa amena sobre a obra. O dia não era o melhor, porque de calor intenso, a puxar para a praia. Mesmo assim, a autora pode contar com um público satisfatório e interessado. Naturalmente, a Maria João falou obre o seu livro, que tem como tema os Távoras, família bem conhecida para quem se interessa pela história de Portugal, que, na base de uma tentativa de regicídio, nunca bem explicada, foi alvo de uma ação de liquidação por parte do Marquês de Pombal, o poderoso secretário do reino, cargo equivalente a 1º Ministro, no reinado de D. José I. Veio esta família dos Távoras a ser reabilitada por D. Maria I, sendo o Marquês desterrado para Pombal, onde passou a viver em quinta própria, e onde faleceu em 1782.
O livro, porque romance, como seria de esperar, não faz um retrato fiel da história dos Távoras. O enredo gira à volta de Dona Mariana Bernarda e Dona Teresa Tomásia, senhoras ilustres, com comportamentos díspares – a primeira reta, mas a segunda até tinha uma relação pecaminosa com o rei – que viveram faustosamente e com fama até ao dia em que o marquês decidiu anular toda a geração.
Maria João Gouveia, jornalista há quase 40 anos, tem já um percurso de referência no campo da escrita, com nove títulos publicados e mais um em preparação. Iniciou-se com “Fialho Gouveia – Biografia Sentimental”, que trata, como o título indica, a vida do pai.
