Despedi-me de ti, meu velho Amigo,
e partiste sem me dizer adeus!
Os versos que fizeste, esses trofeus
que muito apreciei, foram contigo!
A fonte que os deu foi pró jazigo,
fazer-te companhia, e os meus
dotes de vate, muito iguais aos teus,
sentem-se agora órfãos, só comigo!
Partiste, meu Amigo, e o trio
que formámos e que já s’encontrava
reduzido a dois (pois o Viana
foi o primeiro a ir), perdeu o pio.
Agora, aquele afã que nos unia,
apagou-se, já não tem galhardia!
António M.Gigante