Que cada um faça o que lhe compete

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Melhor era que não voltássemos ao assunto, mas o dilema covid 19, infelizmente, não nos dá tréguas; desconhecendo-se até quando. E não nos podemos queixar de informação enganosa ou falta dela, já que a ciência não descuidou o mal. A partir do conhecimento da sua existência, logo alertou que estávamos perante um dos mais graves problemas de saúde, com custos vultuosos, que iria levar tempo a controlar. Essa também foi uma das razões por que quase todos os países souberam concertar estratégias para minimizar consequências. Trump e Bolsonaro, irresponsavelmente, desvalorizaram a tragédia, mas o resultado para os países que governam, para vergonha deles, é de calamidade.

Entre nós, apesar de erros pontuais, continuamos convictos de que as entidades de saúde têm adotado as estratégias mais convenientes para fazer frente à pandemia, com resultados, até ver, bem satisfatórios. Porém, persistem as dúvidas sobre o que está para vir. A certeza que mais se aproxima da realidade é a de que, por razões económicas e sociais, não estamos em condições de voltar ao confinamento total, tal como vivemos até há pouco tempo. Desta forma, só resta a todos, sem exceção, tudo fazer para evitar agravamentos da situação presente, que já é preocupante e tem custos que irão ter sérias consequências no futuro.

O apelo feito pelo Presidente do nosso Município – tal como tem acontecido com outros autarcas –, de que já demos conhecimento, para que não se descuide a vigilância e se adotem todas as regras de segurança, evitando comportamentos de risco, especialmente em espaços movimentados, é oportuno e deve ter a nossa adesão. As entidades de saúde e os governantes não deixam de gabar a postura responsável dos portugueses, mas há sempre mais para fazer, especialmente da parte da população mais jovem, mais exposta a comportamentos de risco, dada a sua mobilidade e vivência.

Todavia, os apelos e exigência de medidas devem igualmente ser feitos a quem tem a responsabilidade de criar estruturas que respondam a um crescimento de infetados com necessidades de recurso aos hospitais, que não se sabe quando terá fim. Está tudo feito entre nós?

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