A peça “A Casa do Rio” esteve, nos últimos dias, em cena no teatro Sá de Miranda, pelo CDV.
O texto foi uma adaptação baseada na “Casa do Lago”, de Ernest Thompson, dramaturgo e cineasta americano, com encenação de Ricardo Simões. Tratou-se de uma comédia leve, despretensiosa, mas agradável no desenrolar do enredo, transformando-se numa agradável proposta para uma noite de teatro. Sim, porque tem muito texto e muitos atores, (e também muitos espectadores), num formato de teatro “à moda antiga”.
A inclusão de muitos amadores no elenco tornou o trabalho mais rico e multifacetado, sendo que alguns deles estiveram ao nível dos seus colegas profissionais Tiago Fernandes e Ana Perfeito, relevando o desempenho da Raquel Amorim e do José Escaleira, que estiveram magníficos, isto sem desmerecer todos os outros que estiveram também muito bem. A problemática da perda de competências na velhice, foi aflorada de uma forma lúdica e divertida, tendo ficado em evidência algumas questões relativas às idades avançadas e do seu reflexo nas vidas de todos os circundantes. A inclusão do tema “tecnologias” e do seu impacto na vida de hoje, tornou-se bastante divertido e, por vezes, até hilariante. Uma encenação simples, que funcionou bem, e que me fez lembrar o teatro televisivo dos anos 60 do século passado a que eu assistia religiosamente. Assim sendo… Viva o Teatro!
José C. Barbosa
