Temos Governo

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Opiniões e análises para todos os gostos não faltam. Ainda bem. Pela nossa parte, apenas desejamos que o Governo no país se exerça, e com a melhor eficácia, em proveito da nação e dos portugueses. Não vale a pena falar de reformas, porque só não sabe quais as necessárias quem, infelizmente, se alheia de participar na coisa pública. Nesta matéria, só podemos considerar que o Governo, com a sua maioria absoluta, tem porta aberta para agir, desde que, em questões fundamentais, respeite os preceitos da constituição que nos rege.

Que o país tem problemas bem delicados, já aqui o registamos várias vezes, e não vale a pena repetirmo-nos. Mas há uma realidade que convém frisar, inequivocamente; as condições de vida da grande maioria dos cidadãos têm-se agravado, com tendência para se acentuar. Já não bastava a pandemia, agora ainda haveríamos de ser vítimas de uma guerra que a quase totalidade do mundo rejeita e que só nos pode merecer condenação. Na última edição do jornal “Expresso”, em entrevista, a bem conhecida Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, diz que em Portugal um milhão de pessoas vive com menos de 250€ por mês e dois milhões com menos de 450€. Com tais indicadores, só podemos concluir que ainda há muita pobreza entre nós.

São estes males que temos que atacar, mas isso só se consegue com a criação de mais riqueza, porque mesmo que distribuíssemos equitativamente a riqueza agora criada, tal não daria para nos remediar e, a curto prazo, com o desinvestimento na vida económica do país, ainda ficaríamos pior. A solução para tão complexos males pode ser considerada a chamada “quadratura do círculo”, mas se muitos outros países europeus estão melhores do que nós, é porque melhor se souberam governar. Haja ideias, coragem e seriedade de processos, que é do que mais carecidos estamos.

O Alto Minho tem neste governo três secretários de estado, facto digno de aplauso, se queremos pugnar por mais progresso para esta região, ainda pouco desenvolvida. Mas falemos do que conhecemos melhor, o engenheiro José Maria Costa, ex-presidente do nosso Município. A economia do mar é uma das que mais pode ajudar Portugal no caminho do tão desejado progresso. Não hajam dúvidas. Ora o novo secretário de Estado desta área, não tendo poderes absolutos, pode bem dar contributos no sentido de que se olhe para o cluster do mar com mais vontade de o dinamizar. Conhecimento na matéria e empenho para se bater por medidas concretas não lhe faltam. Desejamos-lhe o melhor sucesso, bem como aos seus semelhantes Alto-minhotos. 

                    GFM

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