VARIAÇÕES

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Dionísio Ferreira

Como era de prever, a aproximação da data do primeiro ato eleitoral do ano – a eleição dos novos eurodeputados – já começou a fazer-se sentir, quer na imprensa, quer nas redes sociais, refletindo-se no próprio governo, já remodelado para o PS propor como cabeça de lista o atual ministro Pedro Marques.
Tal escolha já provocou um comentário do “eterno” cabeça de lista do PSD, Paulo Rangel, afirmando que “tendo Pedro Marques sido um mau ministro iria ser um mau deputado europeu”. Claro que tal previsão só teria algum valor se a classificação de “mau ministro” adiantada por Paulo Rangel correspondesse à realidade, algo que está por demonstrar…

Entretanto a incansável Dra. Assunção Cristas, ameaçada pela “espada de Dâmocles” do processo em curso relativo à venda do Pavilhão do Atlântico ao genro do ex-PR, Cavaco Silva, por menos de metade do seu valor, resolveu desviar as atenções propondo na AR uma menção de censura ao governo – condenada, como é óbvio, à falência – que será apoiada pelo PSD de Rui Rio apesar de, segundo ele, “não ter efeito prático”!

Sendo assim, tal escolha só pode ser interpretada como uma escolha de um PSD a reboque dum CDS quando, levando em conta o valor eleitoral dos dois partidos, seria natural que sucedesse precisamente o contrário…

Mudando de assunto (apesar de, no que respeita a estas eleições, haver ainda muito “pano para mangas” a explorar) só há dias tomei conhecimento de uma situação (mais uma da herança de Cavaco Silva…) que brada aos céus pela sua gritante ilegalidade.

Com efeito, sendo Portugal, tal como consta da Constituição, um estado laico e, assim sendo, impedido de estabelecer diferenças de tratamento baseadas em opções religiosas – o que, de resto, é confirmado pela Concordata negociada com o Vaticano sob a direção de Salgado Zenha – há uma Universidade neste país que, em termos financeiros e de deveres para com o Estado, goza de um tratamento absolutamente diferente de todas as restantes, a Universidade Católica de Lisboa!

Quem me consegue explicar o “porquê” deste facto?

Dionísio Ferreira

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