E é bom que Viana tenha vida. Parados, encolhidos, assustados é que não estamos bem. Lentamente, com cautelas, temos que caminhar para estabelecer o normal a que sempre estivemos habituados, porque a vida deve ter mais vida para além da rotina do trabalho. E mesmo este deve ser assumido com naturalidade; dinâmico, produtivo, sem dramas, e até visto como fator de realização pessoal.
Já vai a caminho de dois anos em que o normal na vida de cada um deixou de o ser, passando a um estado onde predomina a insegurança, a apatia, o isolamento e a falta de convívio. E, na verdade, a vida assim é mais sombria e de menor valor, sem esquecer que, apesar de tudo, procuramos viver. Mais contidos na proximidade e nos afetos, com cuidado nas formas de agir, respeitando as orientações sanitárias dimanadas das instâncias da saúde, mas lá vamos caminhando.
Por isso, venha um pouco de música e de convívio, promova-se o festivo e, com a segurança recomendada, convivamos, porque o convívio melhora a nossa autoestima, permitindo-nos encarar o futuro com mais confiança. É o que vamos ter nestes tempos que se seguem. Teremos o “Viana mexe” no Museu de Artes Decorativas, com a novidade de ser sempre a partir das 19h (pág02). Haverá 13 concertos envolvendo em boa medida gente da casa (felizmente, não nos faltam bons artistas, alguns deles consagrados, e requisitados para atuar pelo país inteiro) que se prolongarão pelas últimas duas semanas deste mês de julho.
Depois, mais lá para o fim do mês, teremos a “30ª edição do Jazz”, uma iniciativa que vai para além das nossas fronteiras (pág 02), habitualmente na Praça da Erva, mas desta vez a funcionar durante quatro dias no Centro Cultural, com lotação para 400 lugares, sem os rigores do teste covid – 19. Serão oito espetáculos de bom Jazz, pelo preço simbólico de 5,00€ de entrada, que prometem não defraudar.
Se a tudo isto juntarmos a “41ª edição da Feira do Livro”, a acontecer de 17 de julho a 1 de agosto, com os livreiros e os livros do nosso contentamento novamente no jardim público, na qual também não faltará música; e de seguida a “Romaria da Senhora d’Agonia”, que se prevê com um figurino mais ousado, bem podemos dizer que, pesem os cuidados anti pandémicos, vamos mesmo abraçar tempo novo.
Dada a vacinação em massa que se vem verificando, dificilmente teremos um Inverno idêntico ao do ano transato, ora com este estimulante presente bem pode redobrar a nossa satisfação. Razão para dizer que Viana se mexe.