No próximo domingo elegeremos o Presidente da República que haverá de exercer funções ao longo dos próximos cinco anos. Em democracia, para nós cidadãos, as eleições, independentemente do órgão a que se destinam, constituem-se como momentos de suprema importância, já que é nestes atos que temos o direito e a obrigação de escolher os melhores para nos governar, e a quem deveremos exigir o máximo desempenho no exercício dos seus mandatos.
O nosso regime político tem carácter semipresidencialista, contrariamente a outros sistemas democráticos no mundo, onde o Presidente da República se reveste de poderes especiais, inclusive o de escolher os governantes. Releve-se, porém, que o Presidente da República Portuguesa, nos termos da Constituição, representa o país, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas. Para além destas elevadas funções é, ainda, o Comandante Supremo das Forças Armadas.
Porque imbuído de tais poderes, a que acresce o de, em circunstâncias especiais, demitir o governo e convocar novas eleições para o Parlamento, é de suma relevância eleger um Presidente imbuído de espírito democrático, possuidor de sentido de unidade e de engrandecimento da nação; portanto, um cidadão refletido, capaz de fazer todas as pontes com os diversos poderes, e tornar-se também ele um promotor do crescimento económico de Portugal, para valorização das nossas condições de vida.
Entendemos que os candidatos a estas eleições se expuseram suficientemente para que possamos fazer a escolha conveniente; restando-nos, portanto, preferir o que entendemos como melhor. Nem todos estiveram à altura da sua condição de candidatos e, por vezes, ao longo da campanha eleitoral imperou intolerância e menor respeito, não faltando até ameaças aos profissionais da comunicação social, mas cabe a cada eleitor julgar e decidir, escolhendo com objetividade. Contudo, não basta escolher bem. Precisamos de um Presidente da República suficientemente mandatado para nos representar e defender com honorabilidade. E isso só se consegue com uma forte votação. Ademais, votar é um dever cívico. Faça um esforço para votar, caro leitor.