Pelos vistos, tanta gente pediu a demolição do Prédio do Coutinho que ele acabou por ir abaixo! Agora, temos uma muralha a ser construída na encosta de Santa Luzia e não vemos os mesmos “ambientalistas e urbanistas” a dizer que tal constitui o mesmo ou pior atentado urbanístico.
Afinal, onde estão aqueles que hoje fazem da demolição do Coutinho bandeira sua, mas que não introduzem nas suas crónicas publicadas neste jornal uma crítica, ténue que seja, a este novo atentado urbanístico na cidade. O Prédio do Coutinho alojava centenas de cidadãos, mas este mamarracho, provavelmente, irá alojar uma família.
O nosso município que assiste impávido e sereno ao mamarracho que cresce dia a dia, onde está? Para que são os tribunais, para que são os agentes da ordem para por cobro a um desafio que está a ser feito à cidade, onde está o direito? Está visto, as leis são para cumprimento dos pobres. Suas excelências, os ricos, não podem ser incomodados.
Já agora proponho ao Senhor Diretor deste Jornal que, para memória futura, solicite a colaboração da “Objetiva de Carlos Vieira” para ir fotografando o andamento desta insultuosa construção. Pode ser que um dia, quem sabe, com os dinheiros dos contribuintes, alguém mande deitar abaixo esta muralha!
António Ponte